3 de março de 2009

A LIBERDADE DE UM PIOLHO

Piolho é um parasita que habita cabeças, principalmente infantis, preferencialmente em ambientes onde há grande aglomeração de crianças, como escolas e creches por exemplo. Os piolhos são como os sonhos. Moram nas cabeças mais pueris e alimentam-se do “doce” do sangue de seus hospedeiros.

Mas não quero falar da hematofagia do pediculus humanus e sim de sua ambição.
A ambição do pilho é a liberdade. Sua liberdade é encontrar uma cabeça onde possa morar e procriar. Sua liberdade é a sua prisão, seu desejo lhe encerra naquela cabeça, fazendo com que somente a morte ou a supepopulação faça-lhe deixá-la. As cabeças não desejam os piolhos, mas como evitá-los?

Ao crescer o ser humano passa ser menos vulnerável ao ataque destes parasitas, tanto pelo fato de não se encontrar em aglomerações por muito tempo, mas principalmente pelo motivo de que perdem com o tempo o “doce” no seu sangue. O fim desse atrativo faz com que a incidência nos indivíduos adultos seja mínima, o que evita que essa praga se espalhe. Os sonhos são como piolhos.

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