30 de março de 2009

A MINHA CRIPTONITA


Como é que é o hino do Botafogo mesmo? Ah, não importa... Esse nome piromaníaco induz um comportamento de personalidade forte, contagiante, capaz de “incendiar” àqueles que assistem aos jogos, no caso do clube de futebol. Curiosamente, sem analisar futebol, mesmo sendo flamenguista e acho que por isso mesmo, não vejo nos times do Botafogo o “incendiar” que o nome propõe. Tanto, que muito pelo contrário, vejo neles uma fragilidade na hora de decidir, na hora de vencer, um medo! Um medo de se tornar o campeão, o vencedor, o melhor, enfim, de conquistar seu objetivo. Chamo esse comportamento de “ Síndrome de Botafogo”.

Deparei-me hoje sob a suspeita de sofrer desta síndrome. Logo eu que detesto essa covardia de na hora mais decisiva não saber o que fazer. Quando todos estão perdidos como baratas tontas, sou eu quem mantém o controle. Em decisões difíceis, eu tomo a frente, assumo a responsabilidade, e conquisto o que quero sempre. Ao menos até bem pouco tempo atrás. E sei que vou conseguir o que quero agora, é só questão de tempo.

Mas há na suspeita uma fumaça – desculpe o trocadilho. Não o medo da “conquista”, mas o medo do “fim”. Encaro tudo e qualquer um, não acredito no impossível, não acredito no irrealizável, eu vou! Eu faço! Mas não sou um super-homem graças a Deus. Minha criptonita atual é a “perda”. Não o perder no sentido de deixar de vencer. A perda no sentido de deixar de ter a companhia das pessoas, levadas pra longe pela morte ou pela vida, deixar de viver cenas felizes, perder as companhias e as amizades, passar... Tudo passa, eu sei. Tudo tem um ciclo. Nasce, cresce e transforma-se.

Não temo pelo advir, aro a nova terra faz um ano. Sinto somente a dor do “acabar”. Exatamente por ter me sentido tão feliz e realizado. É a tristeza de ver uma flor que murcha apesar das várias que brotam.

“Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre (me encontrar)
Ter saudade até que é bom
É melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom que eu tenho em mim (eu tenho sim)

Não tem desespero, não
Você me ensinou milhões de coisas
Tem um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz.”

Como penso por música – depois explico – lembrei da letra do Peninha.

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